(JBCNEWS – DF 01/03) – No momento em que o país está em ameaça de colapso, com UTIs lotadas e governadores adotando medidas restritivas, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais para dizer que tratou neste domingo, em reunião no Palácio da Alvorada, de vacinas contra a Covid-19, a situação da pandemia e ações para evitar para ajudar a economia, como a prorrogação do auxílio emergencial. Participaram do encontro com o presidente os ministros da Saúde (Eduardo Pazuello), da Economia (Paulo Guedes), da Casa Civil (Braga Netto), da Secretaria de Governo (Luiz Eduardo Ramos), além dos presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco).
Na fotografia publicada por Bolsonaro com os demais participantes da reunião, apenas três pessoas usavam máscaras: Paulo Guedes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. O resultado dos debates não foi divulgado, mas fontes da área econômica disseram que se discutiu o fechamento de medidas, como o cronograma do auxílio emergencial.
Outro ponto de debate foi como aprovar a Proposta de Emenda à Constituição que cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios, chamada de PEC Emergencial. Após a reunião, o presidente do Senado reafirmou que o foco, neste momento, é atender os doentes e ajudar os mais pobres:
“Em reunião, neste domingo, com o presidente Bolsonaro, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, com os ministros Paulo Guedes, Eduardo Ramos, Pazuello e Braga Neto, afirmou que é preciso mantermos o foco no atendimento aos doentes, na vacina e no auxílio. Nada é mais importante”, disse Pacheco em sua conta no Twitter.
As pressões sobre Bolsonaro ganharam força logo cedo, com uma decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que obriga o governo federal a reativar imediatamente leitos de UTI que foram fechados em São Paulo, na Bahia e no Maranhão.
Mas Bolsonaro continuou com uma postura crítica ante os governadores que adotaram medidas restritivas, como o do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Mais cedo, o presidente minimizou a falta de leitos, dizendo que “a saúde no Brasil sempre teve seus problemas”. Segundo ele, a situação não é justificativa para fechar o comércio — medida adotada para reduzir o contágio do novo coronavírus.